sábado, 20 de março de 2010

COMPORTAMENTO ALIMENTAR DA FAMÍLIA

O comportamento de compra e consumo dos alimentos tem se tornado algo curioso – e importante de ser avaliado. O motivo? Tanto a grande variedade de alimentos industrializados disponíveis para compra ou ainda o vasto número de restaurantes que temos, desde os mais tradicionais e populares aos mais luxuosos e que determina escolhas nem sempre fáceis ou adequadas.
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Interessante levar em conta que um adulto chega a tomar mais de 200 decisões por dia para realizar suas refeições - o que impede, muitas vezes, o consumo consciente em cada refeição. O resultado disso é geralmente uma miscelânea de erros tanto em qualidade como em quantidade, gerando doenças cada vez mais precoces, como é o caso da obesidade, hipertensão e Diabetes do tipo 2 (associado ao excesso de peso e não apenas à genética).
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Nessa “guerra de erros”, um bom exemplo é a variedade de restaurantes self-service, onde geralmente as pessoas acabam colocando no prato três ou mais tipos de carboidratos (massas, arroz e farofa) e alguns tipos de carnes (carne vermelha, frango e peixe). Isso quando não acontecem as combinações pra lá de “incombináveis” como sashimi, feijoada e lasanha! E esse hábito comprova o que pesquisas já relatam: quanto mais opções tivermos, maiores as probabilidades para o erro.
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A cobrança de mais tempo para passar com a família muitas vezes gera escolhas com mais conveniência e melhor preço, o que leva a um aumento no consumo de fast-food. E nesse quesito deve ser observado o tamanho das porções que pedimos, como o tamanho dos copos de refrigerantes que crescem a cada ano, além dos lanches de 3 andares e os intermináveis pacotes de batata frita. E lembre-se de que, mesmo nas redes de comida rápida, há possibilidades de escolher saladas, alimentos menos gordurosos, sucos e até frutas. Cabe aos pais, portanto, incentivar o consumo mais coerente, em qualquer lugar.
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Como ultimamente os pais estão sempre ligados nas informações e apresentam um cotidiano agitado, é importante manter o bom senso entre o prático, o rápido e o saudável. A dupla jornada “comer e trabalhar”, a necessidade de estar atento a informações na TV, rádio, internet, usar o celular durante as refeições... essas atitudes levam a uma mudança do foco. Em vez de se tornar um ato de prazer e de focar no sabor dos alimentos, as refeições proporcionam um consumo exagerado, com direito a quilos extras. O que os pais não percebem é que nessas ocasiões os filhos recebem a mensagem de que tudo é permitido. Assim, eles vão reivindicar o direito de comer enquanto assiste à TV ou joga vídeo game e chegam ao mesmo resultado: quilos a mais e saúde de menos.
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Matéria retirada da Revista Crescer
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