O que mais me chamou atenção foi a capa com a ilustração de uma maçã e de um brigadeiro, mostrando que ambos possuem 90 kcal. Daí vem o título... Caloria: é só isso que importa para emagrecer?
Cortar calorias é uma bela jogada para perder peso. Então, tanto faz comer um brigadeiro ou uma maçã, se ambos têm o mesmo valor calórico. Mas a longo prazo a hitória é outra. A seleção dos pratos do seu cardápio vai ditar se você estará em forma no futuro.
Uma descoberta de cientistas da Universidade Estadual de Campinas, no interior de São Paulo, reforça a ideia de que, mesmo enxugando calorias, é preciso estar ciente da escolha dos nutrientes. Eles estudaram o impacto da gordura saturada das carnes vermelhas (e dos benditos pastéis) sobre o hipotálamo, área do cérebro que, entre tantas funções, controla a saciedade. E desvendaram um mecanismo capaz de explicar por que apostar nesse ácido graxo é um prato cheio para a obesidade. Eis a triste constatação: gordura chama gordura.
As pesquisadoras da Unicamp enfatizam em coro que, sem exageros, o organismo não se tornará refém dos malefícios da gordura. Aliás, ele até precisa delas para preservar a membrana das células. O que você não deve é conceder a qualquer nutriente exclusividade no cardápio. No máximo, papel de coadjuvante. Viver à base de proteína, por exemplo, até acelera a perda de peso nos primeiros meses. Mas e depois?
A mesma mensagem é destinada aos fiéis seguidores do carboidrato. A pessoa com padrão formiga, que come muitos doces de olho apenas nas calorias, cai numa emboscada. Esse tipo de alimento, em exagero, destrambelha os mecanismos que regulam o hormônio insulina.
Ou seja, o que vale é apostar em um cardápio variado. Dessa forma, não haverá exclusividade de nenhum nutriente e você ainda preserva a sua saúde.
Para saber mais:
http://saude.abril.com.br/edicoes/0310/nutricao/conteudo_450382.shtml
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