segunda-feira, 25 de maio de 2009

RESTAURANTES USAM ÓLEO ALÉM DO TEMPO IDEAL

Comer alimentos fritos pode ser ainda mais perigoso do que se imagina. Pesquisa da Universidade de Brasília mostra que o óleo de fritura usado nos restaurantes do Distrito Federal chega a apresentar acidez quatro vezes maior que o 0,3% permitido ao produto que sai da fábrica. O índice de gordura saturada também é maior, três vezes mais do que a lei estabelece. Os resultados são de uma Pesquisa do Departamento de Nutrição realizada em quatro estabelecimentos que, juntos servem 4 mil refeições por dia.Márcio Antônio Mendonça, tecnólogo e autor do estudo, explica que um alimento frito nessas condições pode causar danos à saúde. “A gordura saturada causa problemas cardiovasculares", diz. "E os radicais livres que se formam com a degradação do óleo favorecem doenças degenerativas e o envelhecimento precoce.”
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O estudo analisou amostras de óleo com 10 dias de uso, tempo médio que os restaurantes aguardam para jogá-lo fora. Mas as características do material podem estar ainda piores. “Em alguns locais, aproveita-se o produto por 15 ou até 20 dias, principalmente quando a demanda é pequena”, alerta o pesquisador.
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Mendonça afirma que o contato com a luz, com a água dos alimentos, o oxigênio do ar e a temperatura ambiente favorecem a oxidação e a consequente perda de qualidade. A quantidade de gordura saturada aumenta porque as carnes liberam a substância.
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A pesquisa sugere que o óleo seja utilizado por, no máximo, seis dias em estabelecimentos de perfil semelhante ao da pesquisa. “Até esse prazo, a degradação não estava crítica”, diz.
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